![]() |
| Antonio Barra Torres e Jair Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Alan Santos/PR) |
"Não é a primeira nem a 10º vez que o Genocida deixa claro que, além de ser irremediavelmente vil e totalmente desequilibrado, é medroso", diz Eric Nepomuceno
Eric Nepomuceno
Brasil 247
3-5 minutos
Por Eric Nepomuceno, para o Jornalistas pela Democracia
O médico e contra-almirante da reserva da Marinha Antônio Barra Torres tem ao menos uma tremenda mancha em seu currículo que só o tempo mostrará se pode ou não ser apagada: foi muito próximo de Jair Messias. Mas dia desses mostrou que tem ao menos uma tremenda lucidez e um robusto punhado de hombridade.
A maneira com que ele desafiou o Genocida a provar mais uma de suas boçalidades – insinuar que poderia haver interesses escusos por trás da decisão da Anvisa de aprovar a óbvia vacinação contra Covid em crianças entre cinco e onze anos – chamou a atenção de todo brasileiro com um mínimo de lucidez.
Muita gente – eu inclusive – ficou na espreita, aguardando a dimensão do estrondo da resposta do machão instalado na poltrona presidencial, que com certeza não deixaria semelhante desafio passar em branco.
Afinal, macho que é macho não leva desaforo para casa. E Jair Messias, dia sim e o outro também, vive exaltando a própria macheza.
Pois bem: o que se ouviu durante dois dias foi um estrondoso silêncio. E, na segunda-feira dia 10, surgiu um fiapo de miado numa entrevista gravada ainda no sábado para uma emissora irremediavelmente bolsonarista. Tudo que o Genocida disse foi que a questão da vacina para crianças não deve servir para afastar as pessoas.
Barra Torres, aliás, aproveitou para, além de sacudir Jair Messias, esfregar nele uma humilhação. Recordou que, como contra-almirante, ocupa um generalato na Marinha.
Cadê a humilhação? Ora, no Exército, Jair Messias jamais passou de tenente. E só virou capitão por ter, depois de encarar cadeia por atos de indisciplina, ido para a reserva.
Não é a primeira nem a décima vez que o Genocida deixa claro que, além de ser irremediavelmente vil e totalmente desequilibrado sem volta, é medroso. Ele se borra todo quando tem que enfrentar alguém grande.
Foi assim quando aceitou assinar uma carta escrita pelo marqueteiro do golpista Michel Temer depois de ter ofendido o Supremo Tribunal Federal e ter tentado um golpe no dia 7 de setembro em São Paulo.
Claro que sobravam indícios de que a chance do golpe dar certo era a mesma da Cate Blanchett ou a Julia Roberts implorarem para jantar comigo. Mas Jair Messias, apesar de toda sua estupidez, sabe perfeitamente como atiçar aquele pequeno núcleo de seguidores mais bovinos e, por isso mesmo, absoluta e irremediavelmente fiéis. Daí ter virado machão e depois ter, de novo, se borrado todo.
Aliás, é justamente esse rebanho que ficará decepcionado com a covardia do macho muito macho diante da bordoada que levou de Barra Torres. E por isso que podemos esperar que Jair Messias parta para o ataque contra outros alvos.
Já ensaiou o primeiro, contra o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Meio pífio, é verdade. Mas, como dizem os ibéricos, “algo es algo”.
brasil247.com
Por Eric Nepomuceno, para o Jornalistas pela Democracia
O médico e contra-almirante da reserva da Marinha Antônio Barra Torres tem ao menos uma tremenda mancha em seu currículo que só o tempo mostrará se pode ou não ser apagada: foi muito próximo de Jair Messias. Mas dia desses mostrou que tem ao menos uma tremenda lucidez e um robusto punhado de hombridade.
A maneira com que ele desafiou o Genocida a provar mais uma de suas boçalidades – insinuar que poderia haver interesses escusos por trás da decisão da Anvisa de aprovar a óbvia vacinação contra Covid em crianças entre cinco e onze anos – chamou a atenção de todo brasileiro com um mínimo de lucidez.
Muita gente – eu inclusive – ficou na espreita, aguardando a dimensão do estrondo da resposta do machão instalado na poltrona presidencial, que com certeza não deixaria semelhante desafio passar em branco.
Afinal, macho que é macho não leva desaforo para casa. E Jair Messias, dia sim e o outro também, vive exaltando a própria macheza.
Pois bem: o que se ouviu durante dois dias foi um estrondoso silêncio. E, na segunda-feira dia 10, surgiu um fiapo de miado numa entrevista gravada ainda no sábado para uma emissora irremediavelmente bolsonarista. Tudo que o Genocida disse foi que a questão da vacina para crianças não deve servir para afastar as pessoas.
Barra Torres, aliás, aproveitou para, além de sacudir Jair Messias, esfregar nele uma humilhação. Recordou que, como contra-almirante, ocupa um generalato na Marinha.
Cadê a humilhação? Ora, no Exército, Jair Messias jamais passou de tenente. E só virou capitão por ter, depois de encarar cadeia por atos de indisciplina, ido para a reserva.
Não é a primeira nem a décima vez que o Genocida deixa claro que, além de ser irremediavelmente vil e totalmente desequilibrado sem volta, é medroso. Ele se borra todo quando tem que enfrentar alguém grande.
Foi assim quando aceitou assinar uma carta escrita pelo marqueteiro do golpista Michel Temer depois de ter ofendido o Supremo Tribunal Federal e ter tentado um golpe no dia 7 de setembro em São Paulo.
Claro que sobravam indícios de que a chance do golpe dar certo era a mesma da Cate Blanchett ou a Julia Roberts implorarem para jantar comigo. Mas Jair Messias, apesar de toda sua estupidez, sabe perfeitamente como atiçar aquele pequeno núcleo de seguidores mais bovinos e, por isso mesmo, absoluta e irremediavelmente fiéis. Daí ter virado machão e depois ter, de novo, se borrado todo.
Aliás, é justamente esse rebanho que ficará decepcionado com a covardia do macho muito macho diante da bordoada que levou de Barra Torres. E por isso que podemos esperar que Jair Messias parta para o ataque contra outros alvos.
Já ensaiou o primeiro, contra o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Meio pífio, é verdade. Mas, como dizem os ibéricos, “algo es algo”.
brasil247.com

Postar um comentário
-Os comentários reproduzidos não refletem necessariamente a linha editorial do blog
-São impublicáveis acusações de carácter criminal, insultos, linguagem grosseira ou difamatória, violações da vida privada, incitações ao ódio ou à violência, ou que preconizem violações dos direitos humanos;
-São intoleráveis comentários racistas, xenófobos, sexistas, obscenos, homofóbicos, assim como comentários de tom extremista, violento ou de qualquer forma ofensivo em questões de etnia, nacionalidade, identidade, religião, filiação política ou partidária, clube, idade, género, preferências sexuais, incapacidade ou doença;
-É inaceitável conteúdo comercial, publicitário (Compre Bicicletas ZZZ), partidário ou propagandístico (Vota Partido XXX!);
-Os comentários não podem incluir moradas, endereços de e-mail ou números de telefone;
-Não são permitidos comentários repetidos, quer estes sejam escritos no mesmo artigo ou em artigos diferentes;
-Os comentários devem visar o tema do artigo em que são submetidos. Os comentários “fora de tópico” não serão publicados;